Cinema&Literatura

Neste espaço, você encontra resenhas críticas de filmes e livros!


Resenha – O Menino do Pijama Listrado

Por Amanda Siqueira Malimpensa, Yara Lira Barreiros e Karina Kaori Yoshida

“O Menino do Pijama Listrado” é um livro do renomado autor John Boyne escrito em 2006 que retrata o terror do Holocausto vivido na Europa durante a época da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945).
Bruno, de apenas nove anos, filho de um militar ligado ao Nazismo, muda-se de sua casa em Berlim para um lugar mais afastado, no qual se sente solitário devido à falta da presença de outras famílias e meninos com quem brincar. Passa então a buscar nos arredores alguma companhia até que um dia encontra um grupo de pessoas que viviam presas num cercado. Ele então repara que todas tinham características em comum: vestiam-se de pijamas, trabalhavam arduamente, pareciam fracas, estavam sujas e traziam consigo uma expressão vazia. Um modo de vida totalmente oposto do seu e sua família.
Cada vez mais curioso, continua observando as pessoas no cercado, até que conhece um menino judeu de sua idade chamado Shmuel, que começa a contar sua triste rotina. A partir daí os dois passam a construir uma grande amizade que supera as barreiras sociais embora estejam separados pela cerca do campo de concentração. 
A obra nos faz refletir sobre os valores da verdadeira amizade e sobre a coercitividade presente na sociedade. O enredo diferencia-se devido ao fato de nos fazer ver o holocausto e o sofrimento vivido pelos judeus através dos olhos de uma criança e ao mesmo tempo de uma pessoa diretamente ligada à situação. De qualquer forma, o livro não visa a enfatizar a guerra, e sim as relações vividas por Bruno e Shmuel, ambos inocentes e alheios à realidade da época.
A obra ganhou uma versão para o cinema que foi lançada em 2008 e dirigida por Mark Herman. Assim como o livro, o filme fez sucesso e também vale a pena ser conferido!


Resenha
“João e Maria – Caçadores de Bruxas”

Por Douglas, Leonardo, Lucas H. e Marcos A.

A história se passa 15 anos depois de Hansel (Jeremy Renner) e Gretel (Gemma Artenton) - ou como são conhecidos no Brasil: João e Maria - escaparem da bruxa que mudou suas vidas para sempre, dando a eles um gostinho por sangue. Agora que estão mais velhos, se tornaram formidáveis caçadores de bruxas, 100% dedicados a investigar e acabar com bruxas em qualquer floresta. Porém quando os caçadores se tornam a presa e a notória Lua Sangrenta (Blood Moon) aproxima-se, uma vila tem suas crianças raptadas por bruxas. Agora, João e Maria têm de confrontar um mal bem maior do que qualquer bruxa que já enfrentaram: seu passado.

"João e Maria - Caçadores de bruxas" é um filme essencialmente fraco, que tenta convencer pelo efeitos visuais e a boa caracterização de época. Só.

Uma decepção. João e Maria - Caçadores de Bruxas é um filme que, sinceramente, me decepcionou. Após certa espera, uma grande expectativa foi criada quanto ao filme, que prometia muito pelos trailers. Ledo engano, incautos leitores. A película é de produção paupérrima, roteiro fraco e sem amarração, que tenta se apoiar em suas cenas de ação e gore, que, infelizmente, também não são grande coisa.

O filme tenta convencer o espectador que este está diante de algo épico e monumental, sem, no entanto oferecê-lo. O roteiro, manjadíssimo, está longe de ser algo surpreendente, com reviravoltas e personagens profundos e bem construídos. Na busca por novos elementos para a narrativa, vários elementos secundários são adicionados à história. Estes, porém, não fazem diferença alguma. Um bom exemplo seria a injeção que João tem que usar regularmente. Em vez de ser usado como algo decisivo, é simplesmente ignorado, tornando-se um elemento banal na história. Outro ponto baixo do filme é uma cena de nudez completamente desnecessária, que não afetou em nada os rumos finais da história. Não passou de algo feito simplesmente para que ninguém dormisse. Funcionou, diga-se de passagem.

As personagens coadjuvantes também são um desastre. Previsíveis e seguindo os clichês mais velhos e batidos. O grandão bonzinho, o carinha gente fina e a bruxa legal. Algo ridiculamente simples, sem grandes aspirações a algo maior. Assim como as vilãs, igualmente rasas. A grande bruxa má, linda, que desdenha dos inimigos. As suas bruxinhas ajudantes, feiosas, que ajudam a mestre mais por medo que devoção.

Os atores, desconhecidos do grande público, também não são grande coisa. Atuando em uma grande produção, tinham de tudo para se destacar. Contudo, não o fizeram. Expressões e linguagem superficial, sem grandes emoções. Tentam convencer pela beleza, como tudo no filme.

A Lua Sangrenta, cuidado com os spoilers meu amigo, é um suspiro de criatividade, ainda que pouco. Uma ideia original, com várias bruxas reunidas em uma verdadeira convenção. Foi o ponto alto do filme, o que é bom, pois, afinal, essa era a intenção. Mas como tudo nesse filme, tem seu ponto baixo e deveras clichê: arrancar o coração da mocinha não é algo exatamente original.

Enfim, João e Maria - Caçadores de Bruxas é um filme essencialmente fraco, que tenta convencer pelos efeitos visuais e a boa caracterização de época. Só. Peca no enredo, personagens, fotografia, atuação e direção. Pode ser que tenham enganado alguém, fazendo se passar por um bom filme. Lamento, mas a mim não enganou. Oitenta e oito minutos de um filme malfeito, que não vale o preço do ingresso.

Nota: 2/5.




Resenha do filme “O hobbit: Uma jornada inesperada”

Por Bruno Afonso Ortega, Luís Henrique Pagote e Evaldo Ferrari Junior

A história se passa bem antes dos acontecimentos do filme “O Senhor dos Anéis”, quando o protagonista Bilbo Bolseiro, tio adotivo de Frodo Bolseiro, ainda era jovem.
Um grande reino de anões chamado Erebor é atacado por um dragão chamado Smaug. O guerreiro Thorin procura retomar seu reino e para isso conta com a ajuda de um grupo de mais 12 anões, e de Gandalf, o Cinza.                           O grupo ainda estava incompleto, precisavam de uma pessoa capaz de passar despercebida entre as outras, isso levou Gandalf à casa de Bilbo Bolseiro, um hobbit. Com o grupo formado, partem em direção ao leste da Montanha Solitária.                                                                                                                                        Essa aventura fará com que enfrentem criaturas que Bilbo jamais pode imaginar, ele também encontrará Gollum, o portador do Anel precioso, um anel capaz de mudar o destino da Terra-Média, e nessa aventura Bilbo descobre sua verdadeira coragem.
Um dos fatos que mais nos chamou a atenção foi a coerência do filme, que faz ligar essa história à trilogia “O Senhor dos Anéis” sem apresentar nenhum erro, a riqueza de detalhes do cenário está excelente, a interpretação da raça dos anões também, com barbas grandes, muitas piadas, muitas músicas, porém o anão Thorin tem características bastante humanas.
Um dos pontos fracos do filme foi a extensão dos diálogos e algumas cenas, já que o filme possui três horas, talvez alguns espectadores não consigam ter tal paciência. Esse problema podia ser resolvido com alguns cortes.
Esse filme tem um grande potencial para chegar à grandeza da antiga trilogia, vai depender do desenvolvimento da história e do diretor Peter Jackson.



Divergente 
Veronica Roth

Por Gabriela Conceição da Silva, Caroline De Groote Tavares e Isabelle Giacobini

"Divergente" se passa na antiga cidade de Chicago, que agora é um país, onde as pessoas são divididas em cinco facções (Abnegação, Amizade, Audácia, Erudição e Franqueza).
Beatrice, a personagem principal, nasceu na Abnegação, mas agora que tem dezesseis anos, tem que escolher uma das cinco facções. Em seu teste de aptidão, que é onde as pessoas descobrem em qual facção se encaixam melhor, ela descobre que é uma divergente, e sua examinadora diz a ela que é perigoso ser divergente, então não deveria contar isso para ninguém, nem mesmo para sua família.
Durante o livro, Beatrice descobre porque é perigoso ser uma divergente e tenta passar na iniciação da facção que escolheu e descobre coisas novas sobre o lugar onde vive. 
Veronica Roth traz em seu livro, uma crítica ao governo e às pessoas de poder e influência política. 
"Divergente", também traz suspense, ação e romance e deixa os leitores curiosos até o final do livro.
A história desse livro continua em "Insurgente" e provavelmente acabará em um terceiro livro e curiosidade sobre o rumo que essa incrível história tomará é o que não falta.

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Os Novos Vingadores

Por Fernando Corbanez, Vinicius Gregório e Daniela Noschang

Com seu lançamento oficial dia 4 de maio de 2012, o filme “Os Vingadores” começou a ser gravado em 25 de abril de 2011 em diferentes cidades dos E.U.A. O filme conta com a aposta a longo prazo dos estúdios Marvel dentro da Walt Disney de retratar as histórias da Marvel Comics de um grupo de heróis incluídos na chamada “Iniciativa Vingadores”, e deu muito certo, pois “Os Vingadores” é a terceira maior bilheteria de todos os tempos, ultrapassando Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2.
O filme é parte da união de vários outros filmes independentes da maioria dos heróis que formam essa nova grade de “Os Vingadores”; na original e primeira Iniciativa Vingadores (HQ da Marvel Comics em resposta à Liga da Justiça da produtora DC Comics  em Setembro de 1963) seus membros fundadores são heróis consagrados da editora: Thor, Homem de Ferro, Vespa, Homem-Formiga e Hulk; o Capitão América foi o primeiro membro recrutado pela personagem Nick Fury, uma lenda viva da S.H.I.E.L.D. , Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão.
O filme foi escrito e dirigido por Joss Whedon e estrelado por Robert Downey Jr., Mark Ruffalo, Jeremy Renner, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson e Chris Evans. No Filme os heróis enfrentam Loki (irmão da personagem Thor) que leva o Tesseract (conhecido nos quadrinhos como Cubo Cósmico) que é uma fonte de energia potencial desconhecida e de extremo perigo. Loki planeja utilizar o cubo para criar um portal trazendo seu exército de outra dimensão para invadir e dominar a Terra, mas os Vingadores surgem para impedi-lo.
O Filme conta com ótima atuação, inclusive surpreendeu os fãs com a atuação de Mark Ruffalo que apareceu como o novo Hulk (Dr. Bruce Banner); os efeitos especiais são de extrema qualidade e perfeição e o enredo também foi muito bem trabalhado, porém não condiz em alguns fatos com as histórias da HQ, mas não chega a ser de forma alguma algo que prejudica; a única coisa que chega a prejudicar muito pouco é o enredo que não é muito cheio deixando muitas partes de ação e sem muita história. Os Vingadores é um ótimo filme para qualquer momento em que se precise de um pouco de ação junto de um humor espontâneo, então: "Avante, Vingadores!".

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As Crônicas de Nárnia

Por Thays V. Gasparetto, Letícia Prequero, Luana Oiko e Bruna Capelletti
“As Crônicas de Nárnia” é uma série de sete livros de fantasia do autor britânico Clive Staples Lewis. É uma de suas obras que mais fez sucesso, foi adaptada para rádio, teatro, cinema e televisão. Embora baseada em histórias bíblicas, é considerada um clássico da literatura infantil, talvez porque apresente características da mitologia grega e nórdica.
A série apresenta, quase sempre, aventuras de crianças humanas que encontram o Reino de Nárnia magicamente, elas são levadas até o Reino com a missão de salvá-lo, participando de batalhas entre o bem e o mal. Lá os animais falam, característica tal que provavelmente responde ao grande público infantil. Aslan, o grande e poderoso leão, pode ser visto como Deus, que instrui as crianças sobre o que elas devem fazer.
O autor descreve o Reino de Nárnia a fim de deixar o leitor fascinado. E consegue! O livro proporciona uma viagem a outra dimensão, um lugar mágico onde tudo acontece, desde as coisas mais terríveis às coisas mais incríveis. O leitor fica à espera de surpresas, e a cada passagem, Lewis constrói uma mensagem, deixando o leitor ainda mais interessado.
No seu primeiro romance publicado, “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”, a história gira em torno dos quatro pequenos irmãos Pevensie, que vivem na Inglaterra e são transportados a Nárnia através de um misterioso guarda-roupa. As crianças ficam encantadas com o país, embora enfrente um forte e prolongado inverno imposto pela Feiticeira Branca. Com a ajuda de Aslan, as crianças devem derrotar a Feiticeira má e levar a paz de volta ao Reino de Nárnia e a todos que nele vivem.
Assim como as crianças Pevensie descobrem Nárnia, o leitor também mergulha nesse novo país e luta junto das personagens contra o mal.


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Os Capitães da Areia – Jorge Amado

Por Felipe, Douglas, Eric e Gustavo

    Ao decidirmos fazer uma resenha crítica do clássico de Jorge Amado “Capitães da Areia”, não pudemos deixar de indagar sobre o fato de que boa parte do segundo colegial já havia lido esse mesmo livro e, além disso, correríamos o risco de que outro grupo fizesse o mesmo tema.
    A história, assim como a forma simples de escrever do autor nos fizeram, porém, mudar de ideia e falarmos dessa maravilhosa obra de Jorge Amado.
    Somos apresentados na introdução a um grupo de jovens órfãos e abandonados conhecidos como “Capitães da Areia”, que viviam juntos utilizando isso para se protegerem e se ajudarem na difícil vida que passavam na Bahia (ambiente da história).
    Apesar de a narrativa ser sobre esse grupo de crianças abandonadas, ele não foca exclusivamente nas ações do grupo ou em suas brigas, o autor dialoga repetitivamente sobre a questão do menor abandonado e cria características e virtudes especiais para cada um dos personagens assim como a forma de ver e encarar a situação deles.
    Alguns dos personagens encaravam com ódio as pessoas ricas e os policiais que os perseguem, tanto que um deles opta por eliminar soldados junto aos cangaceiros, outros viam com um ar de mais pacífico, e um deles, o líder dos Capitães da Areia, decide lutar pelos direitos e liberdade dos mais pobres.
    Fora esse contexto geral, Jorge Amado ainda relembra sempre o fato de que mesmo já fazendo coisas como assaltar, fumar, beber e estuprar, ainda eram crianças por dentro, mesmo que tivessem que se tornar adultos “precoces” devido à difícil vida que levavam, mas desejavam carinho e atenção como é mostrado em uma parte onde um dos jovens, conhecido como Sem-Pernas, se faz de órfão sem rumo e acaba sendo adotado por uma senhora rica para que pudesse armar um plano e roubar a casa dela, porém lá ele recebe um carinho e afetividade tão grande que começa a se confortar e pensar em ficar por ali.
    Enfim, esse livro é uma excelente obra que reflete a difícil vida dos jovens abandonados, que vivem nas ruas sem ter quem lhes traga comida, ou um lugar para dormir, para descansar, e são desprezados pelas pessoas a quem o destino deu uma boa vida.


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Jogos vorazes

Por João Ricardo, Jennyfer, Ariele e Lulliana

  Lançado em 23 de março de 2012, dirigido por Gary Ross e baseado nos livros de Suzanne Collins, o filme se apresenta em uma época onde a América do Norte que conhecemos já não existe mais. Em seu lugar está Panem, que é formado pela Capital e 12 outros distritos.
   Todos os anos, para assegurar a supremacia e o poder totalitário, a capital promove os jogos vorazes, nos quais um casal de cada distrito, entre 12 e 18 anos, é sorteado ara “jogar” até a morte
  Katnnis Everdeen tem 16 anos, e desde a morte do seu pai se tornou chefe de família. Pois sua mãe se voltou para um poço de tristeza, mas sua irmã Prim, ainda precisa de apoio. Então Katnnis faz de tudo para manter sua família viva. Ela se aventura além dos limites da cidade para caçar, colher e revender juntamente com seu amigo Gale.
  Os cidadãos do distrito e de toda Panem estão se preparando para o sorteio dos tributos para o 74º jogos vorazes. Kat e Gale estão apreensivos, pois seus nomes estão vezes de mais na urna, mas pelo menos Plim tem apenas um papel para concorrer.
  Só que o destino ignora probabilidades e o nome de Prim é sorteado. Desesperada, sua irmã a vê frente a algo tão mortal e rapidamente se oferece no lugar de Prim. E junto a ela é sorteado o filho do padeiro Poeta Mellark.
  Eles são levados à capital e começam a se preparar para o grande evento. Treinos, testes, entrevistas e muito mais dão um tom surreal e ar de celebridade aos tributos. O distrito 12 é um show à parte por dar um destaque frente aos outros. Toque dado pela estilista Anna, que garante que Katnnis não seja esquecido tão cedo.
  Mas a coisa começa a ficar perigosa quando os 24 tributos são jogados na arena. São todos brigando pela sobrevivência, onde apenas um sairá vivo.
  Repleto de ação, momentos tensos, situações românticas apesar de suspense, sofrimentos e mortes, “Jogos Vorazes” se apresenta como uma exceção entre as sagas surrealistas antes criadas. A jovem protagonista se mostra forte, corajosa e muito inteligente frente aos obstáculos pelos quais tem que passar. No filme, o diretor consegue retratar com uma certa fidelidade as características do livro as características da trama, envolvendo o público, e nos guiando por uma aventura instigante.
  A política do “Pão e circo” utilizada pela capital se mostrou muito igual ao nosso mundo real. A vida de todos os habitantes de Panem se baseia, durante os jogos, em acompanharem pela televisão todos os minutos dos jogos, como no Big Brother Brasil, só que mais bizarro que o normal.


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Os Capitães de Jorge Amado

Por Júlia Martins, Ana Martines, Gabriela Rossales e Micael Cavallaro

Publicado em 1937, o livro “Capitães da Areia” conta a emocionante história de um falado grupo de meninos de rua que sobrevivem de pequenos furtos. Tal grupo, do qual o livro recebe o nome, é chefiado por Pedro Bala, corajoso garoto de apenas 15 anos que possui uma liderança nata e um carinho enorme por todos os integrantes dos Capitães da Areia, que vêm de passados distintos, que os unem, entretanto, em um presente comum: a luta por sobrevivência na pobreza e solidão extremas.
Entre roubos, vivendo a vida como adultos, Os Capitães da Areia, apesar de serem pobres meninos de rua, conseguem fazer sua própria organização política para se manter vivos. Fica claro na obra que o líder Pedro Bala é alvo de merecido respeito por todos os outros integrantes, que vivem em uma ordem de igualdade entre si, refletindo a visão socialista de Jorge Amado. 
Esse livro, que trata os meninos de rua como heróis, apresenta uma forte e realista crítica social ao preconceito com relação a eles. Ele mostra as necessidades e os desalentos de tais garotos, causados pela rejeição da sociedade, que os trata como animais, que não merecem carinho. Jorge Amado reflete isso com cenas de agressão e repúdio com esses meninos, mostrando seu sofrimento e solidão no mundo. 
A carência dos meninos é demonstrada várias vezes, como quando Sem-Pernas se infiltra numa casa e é tratado como um membro daquela família, fazendo-o hesitar por um instante em roubá-la, ou quando Dora entra para o grupo e todos passam a vê-la como uma mãe. Amado destaca aí como a falta de carinho e propriamente de uma família obriga os meninos a fazer o que fazem.
Em uma história em que amor, solidão, pobreza e rejeição se misturam, emoção é o que não falta. Meninos corajosos e ao mesmo tempo tão vulneráveis formam a trama perfeita para um livro cativante. “Capitães da Areia” abre mentes para um mundo desconhecido e até assustador, mas do qual todos devem se conscientizar.

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Bicho de sete cabeças

Por Matheus, Marina, Giovanni e Gabriela Chuqui

O filme "Bicho de sete cabeças" retrata uma história real vivida por Austregésilo Carrano. Trata de assuntos que para a maioria das pessoas estão além da realidade.
A falta de dialógo entre a família pode trazer muitos problemas. Um deles, tão comum, se assim podemos dizer, são as drogas. O tema marcante do filme é exatamente esse; como são tratadas as pessoas que acabam por cair nas drogas.
Neto, interpretado por Rodrigo Santoro, é um jovem que foi posto em uma clínica de reabilitação por seu pai, que pensa ter um filho viciado em maconha. Sem sequer passar por exames, é “entupido” de remédios, que acabam por abalar sua saúde, tanto física como mental, deixando-o desestabilizado, agressivo e muito atormentado.
As pessoas nas clínicas, em seu período de tratamento, são tratadas sem sequer um pingo de compaixão, sem cuidados básicos, são apenas dopadas, drogadas com remédios fortíssimos e “castigos” brutais.
Em um trecho do filme, o médico responsável pela clínica é mostrado ao celular falando com alguém que diz que poucos “pacientes” estão lá internados, então para se beneficiar. O doutor, se assim podemos chamá-lo, diz que ele conseguiria qualquer um para internar. O filme mostra que muitos dos diretores, mantenedores, médicos, enfermeiros desses lugares são corruptos, não querem saber de reabilitar ninguém, apenas querem dinheiro e os benefícios.
Claro que existem clínicas boas, que tratam de verdade de seus pacientes, mas infelizmente a maioria não é assim, e isso não só acontece em clínicas, mas também em hospitais, creches e lugares que nem imaginamos.

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Capitães da Areia – Jorge Amado

Por Felipe, Douglas, Eric e Gustavo

    Ao decidirmos fazer uma resenha crítica do clássico de Jorge Amado “Capitães da Areia”, não pudemos deixar de indagar sobre o fato de que boa parte do segundo colegial já havia lido esse mesmo livro e, além disso, correríamos o risco de que outro grupo fizesse o mesmo tema.
    A história, assim como a forma simples de escrever do autor nos fizeram, porém, mudar de ideia e falarmos dessa maravilhosa obra de Jorge Amado.
    Somos apresentados na introdução a um grupo de jovens órfãos e abandonados conhecidos como “Capitães da Areia”, que viviam juntos utilizando isso para se protegerem e se ajudarem na difícil vida que passavam na Bahia (ambiente da história).
    Apesar de a narrativa ser sobre esse grupo de crianças abandonadas, ele não foca exclusivamente nas ações do grupo ou em suas brigas, o autor dialoga repetitivamente sobre a questão do menor abandonado e cria características e virtudes especiais para cada um dos personagens assim como a forma de ver e encarar a situação deles.
    Alguns dos personagens encaravam com ódio as pessoas ricas e os policiais que os perseguem, tanto que um deles opta por eliminar soldados junto aos cangaceiros, outros viam com um ar de mais pacífico, e um deles, o líder dos Capitães da Areia, decide lutar pelos direitos e liberdade dos mais pobres.
    Fora esse contexto geral, Jorge Amado ainda relembra sempre o fato de que mesmo já fazendo coisas como assaltar, fumar, beber e estuprar, ainda eram crianças por dentro, mesmo que tivessem que se tornar adultos “precoces” devido à difícil vida que levavam, mas desejavam carinho e atenção como é mostrado em uma parte onde um dos jovens, conhecido como Sem-Pernas, se faz de órfão sem rumo e acaba sendo adotado por uma senhora rica para que pudesse armar um plano e roubar a casa dela, porém lá ele recebe um carinho e afetividade tão grande que começa a se confortar e pensar em ficar por ali.
    Enfim, esse livro é uma excelente obra que reflete a difícil vida dos jovens abandonados, que vivem nas ruas sem ter quem lhes traga comida, ou um lugar para dormir, para descansar, e são desprezados pelas pessoas a quem o destino deu uma boa vida.

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Mogli, o menino lobo

Por Alana Pereira, Ana Luiza M., Graziela Mesquita e Winnie Vieira

O filme “Mogli, o menino lobo” relata a história de um bebê encontrado por Bagheera, uma pantera, que o leva para uma alcateia onde é rejeitado pelo macho, porém aceito pelos outros. Enquanto cresce na selva, Mogli conquista a amizade de outros animais, como a de Baloo, o urso que lhe mostra a parte divertida desta vida selvagem.

A relação de Bagheera com Mogli se torna muito afetiva e, com medo de perdê-lo devido à chegada de Shere Khan, um malvado tigre que ameaça a vida do menino, ele pede para que o pequeno vá morar com os humanos. Como o menino desejava muito ficar na selva, foge para o interior dela e se perde do seu protetor. Nessa aventura, ele encontra situações perigosas, mas tem o apoio de Baloo para que nada de mal lhe acontecesse.

No filme, o menino Mogli fala e age como ser humano, coisa que está longe de refletir a realidade, pois estas são características adquiridas com o convívio social, como confirma a história do Menino de Aveyron e a de Amala e Kamala, estudadas pela Sociologia, ciência que abrange esses estudos, que constatam que os indivíduos só adquirem características realmente humanas quando convivem em sociedade com outros seres humanos, estabelecendo com eles relações sociais.

Este conto foi retirado do livro “A Selva de Rudyard Kipling”, e é usado até hoje como referência às leis da sobrevivência no escotismo. O autor dessa ficção é de origem indiana e viveu na Inglaterra, porém, não é por sua autoria que o filme obteve recorde de bilheteria, e sim porque este foi o último filme animado em produção no qual Walt Disney colocou suas ideias e expôs seus comentários, antes de sua morte por problemas de circulação devido a um câncer.

13 comentários:

  1. Um lindo filme que merecia uma crítica tão bem escrita e pensada...lindo texto meninas...show!! Curti bruto! Vocês arrebentam! Beijos! Marião.

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  2. Belo Texto, irão longe mantendo esse nível de texto.

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  3. Gostei demais da resenha critica, tudo muito bem colocado,e fiquei com vontade de assistir o filme novamente!
    =D

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  4. Achei a resenha muito legal, ficou tudo muito bem explicado!
    Adorei!

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  5. Muuuito bom, é um otimo filme e foi sem duvida uma otima critica. Parabens

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  6. gostei muito da crítica, bem explicativa. Me interessei pelo filme.

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  7. Ótima resenha, ficou muito interessante!

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  8. Como não gostar de menino mogli ne ?fez parte da infancia. Adorei o texto

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  9. Adorei o texto do mogli, muito interessante.

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  10. Ficaram ótimas as resenhas, todos filmes e livros ótimos

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  11. Pedro, excelente trabalho este que está desenvolvendo com a garotada! Vê-se com a qualidade da escrita, o nível de conteúdo, a desenvoltura com os argumentos... Já li Capitães,assisti ao filme, mas depois destes textos senti vontade de ir à obra novamente. Este ano Jorge, meu conterrâneo, faz 100 de nascimento... ótima homenagem! Parabéns a todos! Nilson

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